domingo, 4 de novembro de 2007

“A tarefa mais difícil é aprender a esquecer quem aprendemos a amar.”

Como não podia deixar de ser, quando somos adolescentes temos sempre alguma coisa a dizer sobre o amor. Um dia, algures num pequeno refúgio, eu escrevia:
"O primeiro amor. Aquele que fica sempre guardado e jamais é esquecido. Aquele que nos faz tremer e explodir de alegria e ao mesmo tempo faz doer e abre uma enorme ferida no coração. O amor adolescente que nos leva a escrever frases de amor e palavras meigas e doces. O gosto do beijo verdadeiro, sentido, o olhar sincero e cúmplice, em que as únicas palavras que a mente procura que a boca diga são pura e simplesmente “AMO-TE”. O abraço forte e quente e as promessas ao ouvido, repetidas vezes sem conta. Pois é, é assim o primeiro amor. Mas ele também faz doer e, neste caso, a dor foi forte, abrindo uma ferida no peito que por várias vezes foi espezinhada e abrindo cada vez mais. Ao chegar ao limite, foi necessário arranjar uma protecção para mim própria, para que pudesse deixar de sofrer. Deste modo, agora com a ferida protegida, consigo levantar a cabeça e deixar que o tempo a cure. E foi mesmo o único que me ajudou. Além de mim mesma, depois de várias cabeçadas. O tempo vai passando, e com ele leva a tristeza e a mágoa, ficando apenas a marca de uma dor forte, agora extinta e incapaz de me roubar a felicidade de novo."
Cerca de um ano depois, eu acrescentava às minhas palavras: "Ontem, um tormento, uma saudade, uma angústia, um vazio. Hoje, uma doce recordação repleta de olhares meigos e carinhos. Será que está tudo dito? Nem por isso… o amor tem muito que se lhe diga! Promessas que não foram cumpridas, desejos que não foram concretizados, amores que não foram completos. Um amor por quem último se espera. Um amor de opostos. Um amor entre uma menina de colégio e um rapaz de rua. Definitivamente…não escolhemos de quem gostamos…gostamos e pronto!"
Depois de tantas vezes ler e reler as coisas que escrevo, começo a desconfiar que sou perita em formular "lamechices"! lol Mas pensando bem, quem já esteve ou está apaixonado(a) entende bem aquilo que digo...

"Se vives agora um desgosto de amor, é porque estavas suficientemente madura para te apaixonares" (Anónimo)

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